domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sonho ou Realidade?

Chego ao meu quarto, é hora de dormir, mas, como sempre, olho para o lado e sinto vontade de ler, porém o livro que estou a ler atualmente não tem gerado, em mim, muito entusiasmo. Então, levanto a minha cabeça e vejo em cima de minha escrivaninha o meu bom e velho livro do Edgar Allan Poe. Abro um sorriso em meu rosto, pego o livro carinhosamente, abro na página 69, no conto “O Gato Preto”, e começo a sentir aquela sensação que só ele sabe transmitir em suas palavras: o terror. Ao terminar, todos os pêlos de meu corpo estão desestabilizados, estou totalmente arrepiada com a forma como o conto foi conduzido e levado a um final inusitado.

Deito-me e o sono não vem, fico a repensar no conto, na frieza e na forma como o gato acaba por ser quem delata o crime. Minha cabeça viaja muito, e começo a escutar os gatos e cachorros na rua, sinto medo. Tudo fica em silêncio, somente escuto o pavor de meu coração: ele bate furiosamente. Tento me acalmar, mas parece que a situação só piora: começo a ouvir passos e estão cada vez mais próximos. Portas abrem-se e eu encolho-me embaixo de minha coberta. O pavor entra em êxtase quando noto que a porta de meu quarto é aberta e uma respiração chega muito perto de mim. Penso que as batidas de meu coração vão entregar-me, não consigo sentir mais os músculos de meu corpo, não sei dizer mais em que dimensão estou, só sei que tudo se perde na imensa escuridão de meu quarto – ou seria de minha mente? Tenho vontade de gritar, mas a voz não sai, preciso sumir daqui, preciso acabar com essa angústia que está a me corroer a cada instante.

Quando me dou por mim, sinto a mão de minha mãe sob meu rosto e ela pergunta: “você está bem, filha?”. Meu corpo encontra-se todo suado e mole, mas acordado. Porém não sei dizer até onde o que eu senti foi sonho ou realidade, só sei que tudo foi muito intenso e profundo.


Maria Amália.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Amizade dói.

Eu recebi uma crítica, à respeito das coisas que eu escrevo, de uma amiga minha. Quero tentar melhorar isso, porque eu gosto de escrever, e quero fazer da melhor forma possível. Eu quero escrever com maior emoção, quero demonstrar mais profundamente o que eu estou sentindo no momento em que as ideias surgem em minha mente.
Eu ando um pouco confusa, eu já havia notado isso há algum tempo, mas devido aos últimos acontecimentos, eu andei sentindo isso mais forte em mim.
Estou com um sentimento de "saudade daquilo que eu não tenho", ou melhor, não sei explicar, eu só me sinto "sozinha" mesmo não estando. Estou sentindo falta daquela "melhor amiga". Não é discriminação nem nada, mas eu não consigo fazer amizades, daquelas que eu tenha vontade de estar a todo momento, de conversar as coisas mais pessoais possíveis, com as pessoas daqui, com os meus "amigos" de Porto.
Isto é uma coisa que eu sinto saudades do interior, eu me sentia tão bem com as amigas que eu tinha lá, eu confiava nelas plenamente, sem medo de ser feliz sabe. Conheci pessoas novas, agora na viagem que fiz a Sobradinho e eu consegui sentir esse sentimento de amizade, nelas.
Este não tem sido um post, com algo que tenha vindo ficcionalmente em minha mente, mas a respeito de sentimentos, daqueles mais profundos.
"Pensamentos que deixei no meu travesseiro, deixarei de acreditar, serei eu mesmo" (Reação em Cadeia - Dentro do Silêncio)
Sinto meu coração com uma falha, como se estivesse faltando alguma coisa, e eu sei o que é, eu preciso de um amigo.
Outra coisa, que tenho notado em mim, é um sentimento de progresso para com um dos meus maiores defeitos: eu tenho conseguido decidir algumas coisas, por mais simples que sejam, mas eu a tenho feito!
Acho que isso deve ter acarretado no meu sentimento de falta de um amigo. Notei que sozinha não conseguirei ser forte. Ninguém vive sozinho, por mais solitário que seja.

Tudo que escrevi até agora, foi um belo de um desabafo, o que a falta de amizades me fez fazer. Foram pensamentos soltos, se alguém ler não repare na confusão, isso só é a minha cabeça, só.
Desculpe o monte de besteiras, são só sentimentos.

Maria Amália.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Escrever.

Às vezes tenho uma vontade incrível de escrever, simplesmente por ler outros blogs.
Vejo a forma como cada pessoa escreve, vejo o seu dom, o seu estilo.
Penso que escrever a melhor forma de expressar o que o coração não tem coragem de dizer.
Sou totalmente travada na hora de falar o que eu sinto, sempre quando sinto isso, lembro-me daquela minha amiga de infância que me conhece, ou me conhecia, como ninguém. Ela simplesmente pegava um papel e uma caneta e me dava, e a nós não abríamos a boca, apenas escrevíamos.
Quando paro para pensar no que estou fazendo no curso de Letras, noto que, apesar de não ter muita afinidade com o "português", eu amo escrever e amo ler. Então, não me arrependo em nenhum momento por estar fazendo o que eu gosto.
Queria poder, ou melhor, tirar o tempo de sentar em frente ao computador e escrever, apenas escrever, tudo o que viesse na minha cabeça.
Meu pai, uma vez me contou (não sei se é verídica a história, pois meu pai adora contar estórias), que o escritor José Saramago escrevia duas páginas por dia. Toda vez que penso nisso, sinto vontade de "ser que nem ele", não exatamente igual, mas ter essa força de vontade, de escrever, simplesmente por escrever.
Estava viajando esses dias, e eu senti falta disso, de ler, de escrever, de estar quieta no meu canto. Não que a viagem não tenha sido ótima, e foi, mas eu sou assim, sou uma garota com vontade de ler, com vontade de escrever, mas que muitas vezes não os faz.
Sonho em um dia morar sozinha, em um canto qualquer, um canto que seja a minha cara. E a partir de então, colocar todas as minhas vontades em folhas de papel.
Quem sabe um dia não realizo esse sonho? Mas por hoje, vou vivendo e aproveitando o que tenho, tentando sempre ser alguém melhor, alguém feliz comigo mesma.


Maria Amália.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vida.





"Eu sou o tempo imperfeito
Velho espírito do amor..."
(Reação em Cadeia - Confiança)





O tempo é algo do qual não consigo ter controle, e quando menos espero, ele passou e dele só restou saudades. Saudades só são sentidas quando realmente se ama. O amor é, para mim, a maior união de sentimentos, capazes de fazer sentir uma euforia feliz inexplicável. E então, eu noto que todos esses estágios da vida são interligados e vivo em função disso, sempre à procura da felicidade.


Maria Amália.