quarta-feira, 1 de maio de 2013

Períodos de transição.

Hoje me peguei pensando, na frente do espelho, "e quando os cabelos brancos começarem a surgir?". Ando me preocupando muito com o amanhã, e sei que isso é resultado de eu estar em um período de transição. Todas as vezes que isso aconteceu na minha vida, foi e é um momento de crise. Tenho apenas 21 anos, digamos que 1/5 de vida já foi-se (sendo bem positiva) e já me vejo pensando em cabelos brancos... Alguém pode ler isso e pensar "ah, quanto drama, ela tem 21 anos e se diz cheia de crises, imagina quando tiver a minha idade!". Só que eu penso que cada idade tem os seus "dramas existenciais" e que a gente tem que superá-los para continuar. Porém, cada momento de crise eu tenho vontade de cavar um buraco, me jogar dentro e só sair de lá depois que "as coisas se resolvam". Pena que isso não é possível, ninguém vai resolver seus problemas por você. Tem que colocar a cara a tapa e enfrentá-los.
Esses dias me perguntaram "tu já tá pronta para deixar a UFRGS?" e a minha crise só piorou. Aí eu resolvo tentar outras mil coisas só para, talvez, não deixar a UFRGS. Quando eu saí da escola, eu também não me sentia preparada para tal atitude, mas eu não tinha outra saída... Outra coisa que me falaram e me deixou em crise maior foi "e o que tu vai fazer depois de te formar? ficar desempregada?" e eu quase desmoronei na crise.
Períodos de transição são tensos e o que ajuda a me acalmar é escrever. Mas é uma pena que escrever não resolve meus problemas, minhas crises, só acalma....

E quando os cabelos brancos surgirem, o que farei? Medo das minhas crises...



Maria Amália, a dramática em crise.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ensinar é uma arte.

A chuva cai torrencialmente lá fora e eu aqui dentro, em frente a esta folha tentando organizar os pensamentos. A vida dá muitas voltas, a vida segue e para isso faz-se necessário passar por desafios, por mudanças e isso é muito assustador! Entrei no curso de Letras pelo gosto que tenho pela Literatura, mas acho que ao longo dele fui perdendo um pouco, devido as cobranças em cima das mesmas. Porém, entrei no curso de Letras sem pensar no fato de estar fazendo uma Licenciatura e que isso faria com que um dia eu chegasse aos estágios e tivesse que entrar em sala de aula. Ainda não dei nenhuma aula, propriamente dita, mas estou na parte de observação dos alunos e, nossa, eu não sei como me expressar frente a isso. São vidas totalmente distintas, com gostos, com vivências, com objetivos muitíssimos diferentes. Mas o simples fato de estar lá e estas pequenas pessoas já te reconhecerem como professora é algo que tem mexido muito comigo, ultimamente. Estou vivendo em cima da ponta da faca, porque são muitas exigências necessárias para poder fazer este estágio, porém quando estou dentro da sala é diferente. Há, de maneiras diversas, uma sede por saber, muitas vezes ocultadas pela falta de vontade, pela preguiça, mas que podem ser aguçadas se bem trabalhadas. Sou uma pessoa extremamente ansiosa e insegura com tudo que é novo. Só que notar que eles olham para ti como uma fonte segura do conhecimento, tem feito com que eu diminua um pouco toda esta minha insegurança. Eu nunca me imaginei ensinando, lecionando, porque nunca me senti capaz a isso, mas acho que, com um pouco de esforço, é possível tentar mudar a realidade destas crianças. Ensinar, ensinar é uma arte.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Poesia.

Um coração gelado sem explicação,
Dois anos assim, procurando a solução.

Sempre quis fazer poesias, mas nunca tive o dom. Saíram duas frases com a rima mais pobre impossível, o  "ão"... Acho que a poesia é capaz de expressar o que sentimos de uma maneira forte.
Já tentei muitas vezes, mas sempre no verso livre, ou no texto corrido mesmo.
Escrever é um ponto de escape, é a forma com a qual consigo colocar para fora os meus temores, as minhas angustias.

A solução está no meu rosto,
Só me falta agarrá-la com gosto.

Tá, outra tentativa fácil de poesia. Não tá ficando lá aquelas maravilhas, mas eu só queria colocar para fora o que eu to sentido e as conclusões a que estou chegando...

Vou me concentrar
Para não falhar mais uma vez
E assim recuperar
E ver tudo com nitidez.

Desisto, poesia não é para mim. Só estava tentando expressar o que eu sinto e dizer que acho que estou compreendendo o que se passa nesse coração gelado e o porquê disso estar acontecendo.
Quem sabe um dia eu aprenda a escrever poesia, mas sei que mesmo sem sabê-la, encontro na escrita aquilo que não encontro nem nos meus amigos mais próximos. Ela não me dá conselhos e não me xinga, ela apenas me conforta de conseguir expressar o que se passa de mais perdido e fechado dentro de mim.



Maria Amália.