sexta-feira, 8 de junho de 2012

Falta de sentimentos.

Explosão. Paixão. Palpitação.

Frieza. Bloco de gelo. Indiferença.

Passei da água para o vinho, ou melhor, do vinho para água.
Passei do com graça para o sem graça.

Coração não explode mais, apenas é frio.
Coração não se apaixona mais, virou um bloco de gelo.
Coração não palpita mais, apenas é indiferente.

Desaprendi a amar, ou as pessoas certas resolveram sumir da minha volta.
Minha vontade é estar sempre em casa, ouvindo música, lendo um bom livro, dormindo.
Encontrar pessoas? Para quê? Não sinto nada, apenas um pouco de conforto, carinho.
Desculpem minha falta de sentimentos, minha falta de sentimentalismo, mas eu só não consigo mais.

Razão até se esforça para fazer o coração se apaixonar, mas ele insiste em ser frio, como inverno.
Verão nunca me fez gosto, inverno sempre foi minha paixão, acho que agora entendo o porquê.

Espero que com algo extraordinário, meu coração descongele.
Estou esperando.
Espero eternamente.

"Espero, não sei se tenho tempo.
Espero, poder estar atento,
pra lhe ouvir falar,
as coisas que eu não entendo.

Entendo, porque você me olha desse jeito,
como se você quisesse alguma coisa
alguma coisa que eu tenho ou não,
alguma coisa que eu tenho."
Reação em Cadeia - Espero


Maria Amália.

Um comentário:

  1. Talvez seja só caso de dar tempo ao tempo. Também ando um pouco "fria" - e com requintes de crueldade a la Paola Bratcho.
    Penso que, se você tem vontade de fazer essas coisas - ler, ouvir música, dormir -, as faça, sem se questionar se deve ou não deve amar, por ora.
    Eu frequentemente me pergunto se esse negócio de "pessoa certa" existe mesmo ou se é uma ladainha qualquer inventada para prender nós, mulheres sonhadoras (porque, mesmo que apenas intimamente, nós sempre "sonhamos" com um par), a qualquer sujeito que apresente uma qualidade ou outra que se considera admirável. Eu sinceramente, no momento, me considero uma frigideira: uma panela sem tampa (digo isso pra minha mãe e ela tenta me convencer que eu estou equivocada, sem êxito).
    Enquanto qualquer expectativa não se faz - neste exato momento penso que talvez fosse melhor simplesmente não esperarmos nada, por mais difícil que possa parecer -, é bom se render a esses pequenos prazeres: isso também é amor.

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